segunda-feira, 2 de maio de 2016

Retrato de Victor Hugo, carvão sobre papel vergê, 2015

A característica da construção do processo pictórico é que não se dá de maneira sequencial, separando a estrutura do desenho da estrutura da massa. Há alternância entre as duas sem seguir qualquer tipo de regra. Tampouco há medição racional ou mecânica de qualquer natureza em relação ao ângulo da linha, proporção, forma ou mesmo plano tridimensionais da figura. Os espaços bidimensionais são explorados visualmente por sensação, tanto pela linha como pela massa.

Consiste num sistema em que se trabalha a improvisação tendo como lastro critérios de ordenamento, embora não haja regras do que fazer.

O compromisso com o processo (meio) consiste em não recorrer a nenhuma espécie de subterfúgio para garantir o êxito (fim). A aceitação óbvia de que resultado deva ser consequência, produto natural do meio, é condição fundamental na prática pictórica.







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