Gestual em grafite
Este ano me propus à difícil tarefa de desenhar todo dia para exercitar a percepção. Depois de pintar a óleo por várias horas, estava cansado, sem paciência para sentar e fazer um esboço. Justamente por isso, tentei encarar o exercício de outra forma. Foi nessa hora que tive um insight: o resultado, como determinado efeito visual que se quer, tanto faz na pintura como no desenho, surge do controle e não da intenção ou vontade.
Esse efeito não é algo que se busque e sim acontece. O fundamental é treinar para que o controle se instale. O máximo que se pode fazer é buscar o entendimento de relações visuais e técnicas (de espaço, cor, forma, borda, camada, etc), pela prática repetitiva, com desprendimento e foco.
Outro aspecto crucial é substituir a mera verossimilhança fidedigna (da imagem com o modelo) pelo crível, para que se possa ter acesso a níveis mais abstratos.
Esse efeito não é algo que se busque e sim acontece. O fundamental é treinar para que o controle se instale. O máximo que se pode fazer é buscar o entendimento de relações visuais e técnicas (de espaço, cor, forma, borda, camada, etc), pela prática repetitiva, com desprendimento e foco.
Outro aspecto crucial é substituir a mera verossimilhança fidedigna (da imagem com o modelo) pelo crível, para que se possa ter acesso a níveis mais abstratos.
Com certeza, a mudança de foco ajudou a modificar a percepção e o ânimo para o exercício, tornando-o mais agradável e prazeroso.
É curioso notar como, às vezes, aqueles momentos que prometem ser os mais entediantes podem tornam-se ironicamente os mais interessantes.