segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Bernini - Retrato do Cardinal Scipione Borghese

Na falta de peças de gesso ou estátuas para estudar desenho, os livros de escultura podem suprir relativamente bem essa falta.




Lápis carvão, carvão e lápis pastel branco sobre papel marrakech, 2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Exposição na Livraria Cultura do Conjunto Nacional

Endereço: Avenida Paulista, 2073. Do dia 1 a 20 de Dezembro de 2009.

Segunda a Sábado, das 9 às 22h; Domingos e Feriados, das 12 às 20h.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Sistema de fora para dentro

O sistema de fora para dentro consiste na construção do desenho do todo para as partes. O lado bom desse sistema é a mobilidade, o lado não tão bom, mas desafiador, a dificuldade de articular, conectar, as partes. Parti do desenho gestual e mantive a base flexível para ajustes posteriores. Gosto de estudar os desenhos de Ramon Casas, pintor espanhol do século XIX, principalmente para analisar como trabalha a incidência e distribuição da luz. Exige uma leitura mais atenta por conter massas sutis quase chapadas.


lápis carvão sobre papel Marrakech e tinta acrílica branca

sábado, 14 de novembro de 2009

Carpeaux: Nubian Man

Carvão e lápis carvão sobre papel marrakech, 2009

Esse exercício foi feito a partir de uma das minhas peças de gesso do ateliê. Aparentemente, achei que ia ser tranquilo desenhá-la, mas para a minha surpresa acabei levando uma "surra". O problema decorreu da minha escolha, nada boa, de trabalhar pelas partes. Ao começar o esboço, dei mais ênfase às massas sutis do rosto. Quando fui para o turbante, aquelas informações da face, embora elusivas, tornaram-se "poluídas" visualmente. Tive de voltar e eliminar o excesso, dessa vez, orientado pelo todo. O mapeamento ficou mais tranquilo a partir da mudança de rumo. Demorei algumas sessões para entender o que estava acontecendo de errado. Foi uma ótima experiência porque exigiu bastante paciência da minha parte. Representou também um caso singular em que as camadas sobrepostas tornaram-se também camadas de entendimento.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sessões de Retrato 2009

Neste ano, decidimos promover no ateliê, a cada dois meses, sessões de retrato ao vivo com o intuito de por em prática o conhecimento técnico-conceitual adquirido (mapeamento da imagem, estratégias de abordagem, aplicação de critérios de seleção e ordenamento) durante o curso para os alunos do cavalete.
A experiência é muito rica porque difere muito do uso de foto como referência, na qual certos problemas encontram-se parcialmente resolvidos: a imagem impressa numa superfície bidimensional facilita a tradução, além, lógico, de o modelo não sofrer quaisquer distorções, tanto porque não se move como também por não haver variação da fonte de luz ou da luz refletida pelo ambiente. Mas talvez o aspecto mais significativo seja a exigência de outro tipo de postura: o de ser mais assertivo para administrar o caos e, concomitantemente, flexível para lidar com a relatividade do imponderável.
Aproveitei a oportunidade para treinar.
O curioso deste desenho (pastel preto, branco e cinza sobre papel cartão) é que consegui terminá-lo em 25 minutos aproximadamente, no final da aula. Não tinha a menor pretensão de finalizá-lo pelo pouco tempo disponível . Resolvi apenas montar a estrutura do desenho pelo sistema de fora para dentro (todo para as partes), sem fazer revisão, guiando-me mais pelo movimento das massas e dos planos dentro do todo.

Pastel preto, branco e cinzas sobre papel cartão (abril)

Lápis carvão preto e branco sobre papel Murillo (junho)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Entrevista no site Diversos Afins

Neste mês de novembro, encontra-se disponível a entrevista que concedi ao site Diversos Afins.
http://diversos-afins.blogspot.com/2009_10_01_archive.html

ou pode ler aqui:



PEQUENA SABATINA AO ARTISTA
Por Fabrício Brandão

Antes de tudo ser firmado em concretude, a sombra inconteste dos hiatos parece permear a fonte inalienável de nossas existências. Qual seria então o significado mais adequado para a definição crucial dos verdadeiros intervalos a que estamos submetidos? Se falamos em arte nas suas mais variadas acepções, invariavelmente miramos a vastidão de um deserto que separa pensamento e materialidade encerrados numa obra. O lapso das criações pode representar muito mais do que uma mera atitude reflexiva ou contemplativa. Há algo indo além de terapêuticas doses de subjetividade. Ao olhar sensível do criador vem se somar a propriedade emanada dos subsídios da pesquisa e do aprendizado constante, tudo a serviço de uma varredura permanente da alma humana, pedra fundamental da criação.
Certamente, apazigua espíritos mais céticos o fato de poder testemunhar a presença vigorosa de um artista como Maurício Takiguthi. Engajado numa trajetória que privilegia técnica, estudo e apreensões intimistas de nossas humanas idades, Maurício mergulha fundo rumo à captura minuciosa de um realismo que não assume a perversa condição de ser gratuitamente idêntico ao tudo que se vê no banquete ofertado pelo mundo. Mostrando que é possível retirar singularidades de cada gesto expressado, o artista nos conduz com maestria pelos labirintos do ser. Sob a forma de telas ou desenhos, somos arrebatados para uma espécie de clamor inerente à sina do homem. Dono de uma carreira que agrega exposições e prêmios nacionais e internacionais, Maurício expõe algumas de suas opiniões num lúcido diálogo conosco, revelando suas posições em torno do seu processo criativo e das perspectivas conceituais da arte.


DA - Você é um daqueles que não concebe o artista como um ser divinizado, afeito, portanto, a lampejos meramente derivados de inspirações casuais. O que deve conduzir um processo criativo para que ele ganhe essencial sentido e possa construir uma obra sólida?
MAURÍCIO TAKIGUTHI - Creio que o domínio no mais alto nível do processo criativo vem com o estabelecimento de uma sistemática que permita a análise compreensiva da prática, que conecte o pensar ao fazer artístico. Isso implica a necessidade de dissociar a visão do leigo como base da atividade que em tese reivindicaria o olhar do especialista, do técnico.
Infelizmente, predomina, nos dias atuais, a conduta de senso comum, bem diletante, caracterizada basicamente por dois tipos de concepção: do artista como portador na terra do dom divino (e da mensagem de Deus nos casos mais extremos) ou do artista como aquele transgressor excêntrico que entretém a platéia. No primeiro caso, o artista, objeto da ação divina, expressa uma verdade que se encontra pronta e que lhe cabe apenas revelá-la. Contra ela nada pode fazer. No segundo, a teoria é a de que o caminho para a arte profunda e expressiva brota naturalmente do espírito humano e qualquer influência de fora (também conhecida como conhecimento) iria, de alguma forma, contaminar a pureza do processo interior.
Em ambos os casos, a criação torna-se fruto e revelação de um processo místico (instintivo ou divino), inexplicável, acidental. O artista é situado como objeto, à mercê de limites predeterminados, que aceitou esse lugar socialmente convencionado, e que mal consegue perceber. Implicitamente o que se defende é que todo o corpo de conhecimento, constituído no passado, de natureza prática como sistemas de construção, e de natureza conceitual, como os princípios técnicos, deve ser desprezado. Não há lugar para estudo, treino, formação. Não há escolha nem entendimento. Foram extirpados o conhecimento de causa, excelência e domínio técnico, adquiridos através da prática árdua, como valores intrínsecos da prática artística. Parece absurdo, mas o que por fim se instaurou dentro da arte foi a aversão ao aprendizado ou qualquer tentativa de compreender o processo, numa situação parecida com a do poeta que não quer saber das regras fundamentais da língua. Mas como criar sem saber o que se está fazendo?
Obras-primas resultam de grandes respostas para grandes problemas técnicos e estéticos, que expressam simultaneamente questões existenciais do artista. Grandes artistas possuem a capacidade de organizar mentalmente o processo prático, de pensar, ordenar o que vêem, de estabelecer uma interação sensível e intuitiva com o que fazem, sem perder o controle. A boa condução do processo criativo passa pela recuperação do artista como sujeito da ação, encarar a arte como construção, pela manipulação hábil da imagem até que ela possa traduzir com veracidade suas intenções, carregadas de valor e sentido. Controlar é saber o que se está fazendo, dentro de uma estrutura complexa, mental e prática, que comporte conhecimento, técnica e sensibilidade.

DA - Seu trabalho consegue aliar domínio técnico a precisos recortes que permeiam a condição humana. Como é que se deu a predileção pela via realista em seu ofício?
MAURÍCIO TAKIGUTHI - Aos 13 anos de idade, tive o meu primeiro contato com a pintura figurativa tradicional. O que me fascinou neste primeiro instante foi a mágica de transformar meus desenhos antes “chapados” em figuras que pareciam “vivas”, pela recriação das formas mais realísticas e da ilusão tridimensional numa superfície plana, através do sombreamento. Foi a fase da descoberta das belas artes, do desenho acadêmico, da técnica e de que era capaz de representar satisfatoriamente os elementos do real. Minha preocupação limitava-se à abordagem naturalista, mais literal, ou seja, ocupada com a imitação convincente das coisas como elas se apresentavam. Mas percebi, com o tempo, que o prazer de reproduzir o que via tornou-se um trabalho artesanal, repetitivo e vazio. Esgotada a fórmula, senti que precisava de algo mais, mas não sabia explicar.
O que mudou minha perspectiva foi o contato, anos mais tarde, com os mestres americanos realistas contemporâneos através de livros. Viam a pintura como forma de pensamento (ou “coisa mental”, nas palavras de Leonardo da Vinci) e de autoexpressão. De alguma forma, senti que aí existia uma pista que explicava aquela sensação de que o mundo era muito maior do que eu supunha. A partir desta constatação, dois modelos ficaram bem evidenciados: o do pintor que expressava exclusivamente as coisas e do artista que se expressava através das coisas.
Houve uma transição silenciosa importante: a pintura elevou-se àquela categoria de pensamento visual e forma de linguagem, em oposição à mera reprodução mecânica do que eu via, que, em última instância, prescindia de subjetividade, sem qualquer tipo de reflexão mais elaborada. A pintura realista foi se tornando, ao longo dos anos de treinamento, sem perceber, metáfora de mim mesmo, através da qual entendo, penso e me relaciono com o mundo. A figura humana configurou-se como veículo principal pelo qual consigo expressar minhas verdades. Passei a usar as pessoas retratadas como modelos que emprestavam seus corpos para expressar emoções, percepções e concepções que eram minhas. Mais tarde ficou claro que a vontade de explorar temas como intimismo, solidão, angústia, vivência, momentos de reflexão sobre antagonismos da vida cotidiana, revelava mais sobre mim do que conseguia expressar por palavras. O meu estranhamento diante das coisas e das pessoas servia de base para a exploração de novas possibilidades de olhar a pintura e a mim mesmo. A mágica está em tornar visível, “palpável”, essa interação sensível entre a realidade interna e externa. O realismo é o modo como consigo exteriorizar e materializar sensações ou estados de espírito.

DA - Falando das densidades e mistérios humanos, há em você uma busca obstinada por uma forma que melhor traduza tais sentimentos?
MAURÍCIO TAKIGUTHI - Sim, e essa forma resulta do encontro do sutil com o essencial. Na minha atual fase de pesquisa, quero explorar a desconfiança de que o essencial encontra-se nas camadas mais profundas e silenciosas da imagem e, para atingi-lo, quero ser capaz de ter acesso ao sutil, que implica ver grandes diferenças nas pequenas coisas.
O treino, nada fácil, é amplificar a sensibilidade intuitiva que consiste basicamente na tarefa de estar mais atento ao que acontece à minha frente, ou seja, tentar mais ouvir do que falar. Estar aberto, suscetível, manter a mente livre de pré-julgamentos visuais para poder ver com clareza as reconfigurações de acordo com as mais leves mudanças idiossincráticas e contextuais.
Extrair as formas mais sutis e essenciais é extrair as sensações indizíveis que se encontram na camada mais profunda e escondida nas especificidades do real. As sobreposições de camadas podem adquirir qualidades que aprofundam o olhar sobre aquilo que se vê – as camadas tornam-se camadas de acesso, de contemplação e de entendimento.

DA - Uma das características mais fascinantes da arte é a capacidade de transcendência que ela exerce sobre as coisas que ousamos transformar a partir do olhar. Seria essa uma via de cura para nossos equívocos?
MAURÍCIO TAKIGUTHI - Acredito, sim, que seja uma via possível de cura, dependendo muito de alguns fatores, principalmente para aqueles que conseguem perceber a analogia possível entre vida e arte. Para quem se coloca na arte como na vida, precisa estar predisposto a vencer um duplo desafio: a resistência individual (nem todos estão dispostos a assumir ou reconhecer os próprios enganos) e superar as forças contrárias do meio (afinal, os tempos pós-modernos não ajudam, seja pelo excesso de racionalização em detrimento dessa capacidade sensível de atentar para as coisas, seja pela possibilidade irresistível de substituir a ausência de domínio da prática pela retórica). Em ambos os casos, aceitar uma mudança radical de postura para levar adiante este desafio de transformação, exige disciplina, sinceridade, justeza no julgamento, humildade e maturidade.
Um dos aspectos mais interessantes e, ao mesmo tempo, doloroso é a capacidade de se ver através do processo prático. Nele, os vícios, as faltas, as imperfeições ficam estancados na obra. A conta se contrabalança também pela presença das qualidades e dos indícios de que é possível melhorar. A natureza da atividade muda efetivamente quando se transforma em busca permanente de aperfeiçoamento, principalmente o da mente. O movimento consiste em tentar entender, aprofundar a visão do que acontece tanto pela leitura de si mesmo quanto da obra, pois ambos se explicam. Para poder evoluir - isso é o que aprendi com “muita chibatada da prática” (e depois de tentar muitas outras soluções que não deram certo) - é preciso humanizar-se e aceitar tudo o que vem no “pacote”: admitir os limites, os apegos, os vícios, as inseguranças e as incertezas da mesma forma como se aceitaria de bom grado as virtudes. A ambição de querer ser um bom pintor me obrigou a adotar certos valores como postura correta, flexibilidade e disciplina, mesmo quando sentia preguiça, raiva e vontade de rasgar as telas.
Por último, acho que um dos melhores ingredientes para lidar com os nossos equívocos sob o prisma do aperfeiçoamento é a prática da coerência, ou seja, tentativa de diminuir a distância entre o que se diz ou pensa e o que faz. Dessa forma, a Arte, pode transformar-se em busca de si mesmo e a expressão dessa busca. E isso não se esgota.


DA- Como é que você avalia o atual panorama da arte brasileira?
MAURÍCIO TAKIGUTHI - Se estávamos falando da arte como campo possível de humanização, o panorama atual prima por essa ausência. Por mais que se diga ou se pregue a arte como campo de deleite estético, de criação, de interação sensível do público com a obra, isso já deixou de existir há muito tempo, desde a instituição da transgressão como critério de validade artística. Desenvolveu-se um sistema permissivo que tem a liberdade como possibilidade de fazer qualquer coisa, sem critério, que, em última instância, desembocou na anarquia (ou ditadura?). A transgressão no passado, que nasceu como fator de diferenciação e de identidade, foi assimilada e incorporada pela sociedade na forma de mercado. O grande atributo artístico passou a ser a novidade, o excêntrico, o bizarro e neste mundo ultra massificado são ouvidos os que gritam ou praticam o escândalo como estilo de vida. A arte virou entretenimento que nos distrai sedutoramente com argumentos racionais. Mas isso, ao longo de décadas, teve um efeito devastador, porque convenceu o espectador a abandonar, anestesiar sua própria intuição e sensibilidade para priorizar exclusivamente o seu intelecto e tornar assim a obra inteligível. O mundo artístico tornou-se um grande circo, circo da transgressão, dentro do qual, o artista para poder existir, passou a entreter o outro, com algo de preferência simpático, barulhento ou estranho, mas que definitivamente não toca ou mobiliza o espectador.

DA - Com a banalização de conteúdos trazida à tona em nosso tempo, muitas vezes atribuindo valores a trabalhos artísticos bastante questionáveis, parecemos adentrar numa era de vazio conceitual. Acredita que é possível haver uma retomada de sentidos verdadeiros?
MAURÍCIO TAKIGUTHI - Sinceramente, não sei se é possível retomar esses sentidos. Os processos de racionalização crescente na modernidade que representaram também um enrijecimento da sensibilidade; a desconstrução do sentido; incapacidade de julgamento do homem comum pelo excesso de informações; a transgressão como atributo de validação artística; a concentração de poder nas mãos dos curadores ao se transformarem nos tradutores das obras; a busca obsessiva da “novidade” transformada num valor em si mesmo e o distanciamento do público da arte contemporânea são fatores historicamente construídos que se consolidaram como valor, ideologia e relações de poder, o que torna ainda mais difícil qualquer mudança.
Há também que se resolverem outros problemas estruturais no âmbito prático. A arte contemporânea sustenta-se, direta ou indiretamente, com dinheiro público através das leis de incentivo fiscal, os defensores desse tipo de arte são também os formadores de opinião e como tais tem acesso à mídia e estão no controle das principais instituições de arte. Ditam quem deve entrar ou não na instituição, assim como ditam o rumo das coisas. O público, para o qual deveria em tese destinar as obras, embora peça chave no sistema, é excluído. Acredito que estes fatores são capazes de mudar um pouco esse panorama: o exercício por parte do público do que o Affonso Romano de Sant’Anna chama de cidadania estética, ou seja, o direito de dizer que pensa sobre esta arte que está aí; resgate da importância do público; fim do uso do dinheiro público para financiar a arte contemporânea e discussão dos critérios para uma arte válida (ao invés da eterna discussão sobre os caminhos da arte por parte de quem se beneficia com o sistema).

DA - Ao longo de sua história enquanto artista que prima pelo aprendizado constante, quais experiências demarcaram especiais significados ao seu olhar?
MAURÍCIO TAKIGUTHI - Tive várias experiências interessantes, mas todas elas foram se dando de maneira cotidiana, como um tijolo colocado sobre o outro a cada dia. Por isso, isoladamente elas perdem a força. Posso falar da última, que passei no mês de julho, durante o workshop que fiz nos EUA com Burton Silverman, um dos maiores pintores realistas americanos da atualidade. Antes de viajar, me sentia realmente esgotado, desanimado com a arte aqui no Brasil. Conhecê-lo foi uma honra e a experiência, fantástica. Interessante constatar como, por trás do mestre, há sempre um grande ser humano, generoso, inteligente e sensível. Ver in loco o modo como pinta, sem esboço linear, esculpindo com sobreposição de massas (áreas de cor ou valor), revelou quão destemido e arrojado pode ser um artista. Pude constatar de certa forma, como é possível aliar visão em profundidade, domínio do pensamento, liberdade, sensibilidade e destreza. Foi marcante comprovar que algo deste nível existe e isso me fez sentir renovado no compromisso com o que eu faço.

Bastidores do Estudio i

Desenho em carvão e lápis pastel branco, completado em 1 hora