Executei esse exercício como referência de aula com o
propósito de demonstrar a aplicação prática do conceito de Fluxo de luz,
registrando a incidência e distribuição de luz sobre os planos do rosto.
Trata-se de um método
bastante instigante por estruturar as grandes massas pelo movimento dos valores
e sensação de luz. Diferentemente do estilo linear, que tem o contorno da forma
como ponto de partida, seguido posteriormente pelo sombreamento, no sistema
pictórico, a forma é consequência do processo escultural de lapidação. Outra
diferença fundamental entre as duas abordagens diz respeito à ênfase dada por
cada um. No linear, privilegia-se o volume e o contraste da forma (“coisas com
luz”) por meio do modelado plástico, nas palavras de Wölfflin, enquanto no
pictórico, é o registro da luz (“luz nas coisas”) o fundamento essencial da
ação.
Maurício, estou aqui "viajando" (no melhor sentido, claro) nas suas explicações sobre as diferenças entre linear e pictórico. Creio que só NA PRÁTICA mesmo vou entender melhor isso. Se os deuses protetores das artes permitirem, estarei aí no próximo semestre. A propósito, qualquer semelhança desse "modelo" com o grande ator Lázaro Ramos é mera coincidência, certo?
ResponderExcluirNão é coincidência, não, Miguel. Fazemos sessões com modelo vivo, mas na hora do treino, recorremos às fotografias por serem mais práticas e fáceis de mapear as grandes massas.
ResponderExcluirObrigado pela resposta. Ah, sim, eu não quis dizer que o retratado foi em sessão de modelo vivo que, aliás, é uma coisa muito interessante (e não é em qualquer lugar que se encontra, verdade seja dita). Foi só uma brincadeirinha mesmo, até porque se o Lázaro Ramos não tem irmão gêmeo só pode ser o próprio. Abraço.
ResponderExcluirMas que seria um privilégio e tanto tê-lo como modelo seria...rs. Abs.
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