sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Dentro dessa ideia de esculpir com a luz, discutida no post anterior, o trabalho de borda é o elemento técnico por excelência que rege a leitura tanto da pintura como também da escultura.
Borda é o limite formado pelo encontro das massas. No modelo tridimensional, em geral, é possível constatar a borda dura (mais contrastante) quando há mudança abrupta na direção do plano e borda suave quando há mudança gradual na direção do plano.
Mas existem também outras funções para o uso do trabalho de borda. Ele estabelece o ritmo e a velocidade da leitura. Quanto mais dura a borda, mais a leitura pára. Quanto mais suave, mais a leitura flui.
Os dois estudos que fiz a partir de duas esculturas (para poder aplicar posteriormente na pintura), uma de Houdon e outra de Camille Claudel, serviram para entender o uso prevalecente da borda suave como elemento que conduz a leitura num movimento mais fluente.

La Petite, Camille Claudel, lápis carvão e lápis pastel branco sobre papel marrakech


Busto de Napoleão, Houdon, lápis carvão e lápis pastel branco sobre papel marrakech

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