Este ano, resolvi fazer uma série de estudos rápidos (cerca de 35 minutos em média) utilizando carvão sobre papel kraft com o intuito de gerar maior desenvoltura na manipulação e agilidade mental de ordenar, da forma mais direta e simples possível, shapes e valores das massas.
O conceito consiste em montar a estrutura do desenho (sem os pormenores dos pequenos planos), numa abordagem sucinta (por reter a qualidade do mínimo necessário por meio da observação seletiva), com anotação da luz, sem me preocupar em criar matéria ou estabelecer a escala tonal completa das massas (substituídas em grande parte pelas hachuras).
O lado instigante desse tipo de abordagem no desenho fica por conta do acesso ao ordenamento mental que esses grandes mestres pictóricos conduziram no que concerne ao movimento contínuo, silencioso e sutil das massas em suas pinturas.
Estudo 1 de Van Dyck
Estudo 2 de Van Dyck
Estudo 3 de Van Dyck.
Estudo em grafite da obra a óleo de Max Thedy. O desenho à esquerda corresponde à estrutura do desenho, pelo sistema gestual. O da direita comporta a combinação da estrutura do desenho com a estrutura da massa como anotação da luz.
Versão em carvão da obra de Max Thedy. Nessa estrutura do desenho com anotação da luz, é possível perceber tanto a falta de matéria como a despreocupação com o trabalho de borda. Os pequenos toques configuram a fisionomia sem que se recorra aos detalhes da textura de pele e afins.
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