A diferença básica entre o desenho feito com carvão e o pastel é que, no primeiro caso, aproveita-se o valor médio oferecido pelo papel, não sendo necessário aplica-lo como camada. O processo desenrola-se, portanto, pela sobreposição dos tons mais altos e mais baixos. A grande dificuldade dessa técnica, apesar da quantidade menor de variáveis comparada com a do pastel, consiste no controle tonal pela interação sutil e sensível do carvão com o papel.
No pastel, por sua vez, a grande vantagem é a possiblidade de desdobrar o conceito do sistema escultural de estabelecer as camadas dos grandes planos e posteriormente sobrepor planos menores. Deve-se obrigatoriamente levar a cabo a ideia de "ir e vir" na direção de um refinamento maior. Os ajustes, comparativamente ao carvão, são mais fáceis de serem executados e, por ser um sistema de sobreposição opaca sem retoque, aproxima-se mais da lógica do óleo de concepção pictórica.
Carvão e lápis pastel branco, 2016
Pastel preto, branco e cinzas, 2016. Segunda versão com modificação do enquadramento e incremento da densidade.
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