De volta ao Brasil, o grande desafio imposto pelo novo aprendizado com o workshop de Silverman foi (e continua a ser) treinar e manter a abordagem pelo sistema de fora para dentro, mais orientado agora pela sensação, no desenho. Algo bem curioso dito por ele, durante a sessão de retrato, é que essa concepção tende a ser mais expressiva que o sistema de dentro para fora, ou, em outros termos, o genérico permite que o artista apareça mais que no trabalho que se guia pelo específico. A diferença mais marcante, na minha opinião, entre o método de Silverman e o acadêmico é que o primeiro tem um caráter mais livre e intuitivo: não há esquema de medição para encontrar as proporções (não ancora os tamanhos das partes no número de cabeças), não se recorre ao uso de linha externa angulada, eixos e a massa desempenha papel fundamental na estruturação do desenho. A grande mudança na minha execução se deu pelo fato de, em nenhum momento, procurar fixar e usar alguma parte correta da figura como referência de tamanho para atingir, posteriormente, o todo pela abertura de relações. A vantagem é a enorme flexibilidade com que se consegue ir e voltar no desenho durante a execução. A desvantagem é não ter garantia alguma sobre o resultado, por não saber, ao certo, onde se vai "chegar".
lápis grafite sobre papel Strathmore, 20'
Lápis grafite sobre papel Strathmore, 20'
lápis grafite sobre papel Strathmore, 20'
lápis carvão e carvão sobre papel kraft, 20'
lápis grafite sobre papel Strathmore, 20'
lápis carvão e carvão sobre papel kraft, 20'
Estes desenhos em geral de 20 minutos tiveram como característica o enfoque na proporção, gesto, certa distribuição e organização mais genérica das massas, pela eliminação do excesso de trabalho de borda.
FANTÁSTICO !
ResponderExcluirLINDO.
COMO SIEMPRE FABULOSO POR SUS TRABAJO
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